domingo, 20 de janeiro de 2013

Um jardim no fim do beco!!


De quem é a praça? De quem é a rua? O lixo? O beco mal cuidado?
Reclamo dos políticos, do vizinho, do ladrão, dos pedintes.
E quem é culpado??


...  ao tempo disponível corresponda um espaço disponível. E se a questão for colocada em termos da vida diária da maioria da população, não há como fugir do fato: o espaço para o lazer é o espaço urbano. As cidades são os grandes espaços e equipamentos de lazer.[1]

No carro, ou a pé, já não vejo as cercas elétricas a enfeiar.
Planejo um jardim, 3 por 4, graminha, pedrinha, branquinha...
Vejo o pobre mendigo, o velho muro e a murcha flor
Planejo um jardim, cacto no canto
Eu e meu jardim
Suculentas no muro

Mando!! E arrancam, aplainam, afofam
Foto: Paulo Toledo Piza/G1

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

No início tudo era desejo e... BOOM!!

Excita os sentidos, vira beijo, abraço, arrepio!! Muda o som, o tom, a cor. O Desejo!! Ambiciona por mudanças, transformações, novas formas de sentir e despertar. Uma boa dose tem alto poder combustível, uma faísca: explosão!

Armados de desejo e fogo, fizemos fumaça, tocando a terra e a moldando nas mãos, jardinagem de guerrilha!! Tentativas e erros, nossas primeiras bombas, basicamente de argila, as mais duras da história , sem grandes condições de explodir. Falhamos? Não! Nos consolamos na esperança de quem sabe estarmos conservando o DNA das sementes para um futuro bem distante, e nos inspiramos com o ocorrido, vimos que é preciso experimentar, testar, adequar, aprender. E a toda semente dar uma chance de aflorar.

Aflorar!!!... vir à superfície, emergir, torna-se visível, dar-se a conhecer, revelar, acariciar, afagar. Colorir as mãos em tons de terra, sujar os pés, deitar na grama, nos aflorou!

Partindo da busca por mudança, mudamos, nos conectamos à terra, à paz, ao silêncio, passamos a questionar o que é realmente importante e qual a velocidade em que devemos prosseguir. O desejo de ver flores, nos fez enxergar as que já existem, descobrir seus nomes, suas cores, conhecer suas sementes e germinar novas.

Sempre uma flor a florir no asfalto, vida às paisagens urbanas, desacelerar o passo e acelerar os sentidos. Ser o que queremos ter.

"É tempo de escolher o que queremos plantar,
 É tempo de plantar o que queremos colher...
 Mas sem escolher não há o que plantar,
 E sem plantar não há o que colher..."